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Pe. Vittorio Costa (11/10/1922-28/4/2001)



Centrale de Zugliano (Vicenza) 11 de outubro de 1922

Thiene (Vicenza) 28 de abril de 2001



Os josefinos de Murialdo recordam com saudades e com muita simpatia seu confrade PE. VITTORIO COSTA falecido no dia 28 de abril em Thiene, Vicenza, Itália, com 78 anos de idade.

Pe. Vittorio iniciou sua caminhada com os josefinos desde menino, influenciado por sacerdotes josefinos de sua terra natal ou dos arredores. Entrou no noviciado em Vigone no ano de 1938 fazendo sua primeira profissão religiosa na Congregação de S. José no dia 29 de agosto de 1939.

Fez a Profissão perpétua em Oderzo em 1944. Foi ordenado sacerdote em Viterbo no dia 12 de março de 1949. Tinha portanto já celebrado os 50 anos de ministério sacerdotal com o josefino de Murialdo.

Demonstrou desde cedo uma grande paixão pelo saber, empenhando-se em estudos aprofundados a fim de ser mais útil aos jovens em seus desafios da vida. Jovem sacerdo­te, além de dedicarse ao ministério sacerdotal e ao ensino nas obras josefinas, dedicou-se ao estudo do Direito Canónico conseguindo a Licenciatura Piena, em Roma no ano de 1952. Continuou os estudos e já no ano de 1953 conseguiu o Doutorado em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma. Não satisfeito com isto buscou também aprimorar-se no campo de Letras obtendo em 1965 a Licenciatura na Universidade de Nápoles. Estando em Roma fez uma série de outras especializações, sem­pre no campo da pastoral da juventude.

Nos começos de 1965 Pe. Vittorio acolheu a obediência de vir ao Brasil para colabo­rar na formação dos jovens seminaristas e clérigos. As dificuldades iniciais em aprender uma nova lingua não o impediram de continuar com seu renovado entusiasmo na busca do bem, desafiado especialmente pela realidade social em que se encontrava a juventude de então. Também buscou se inteirar rapidamente das mudanças estruturais porque estava passando a nação brasileira e a renovação proposta pelo Concilio Vaticano segundo den­tro da igreja do Brasil.

De imediato preocupou-se em traduzir textos da tradição josefina para que pudessem servir na formação dos futuros josefinos. A ele devemos a iniciativa de traduzir para o por­tuguês o Testamento Espiritual de São Leonardo Murialdo, buscando divulgá-lo entre os confrades e pessoas leigas próximas aos josefinos. É autor de diversos livros, alguns deles traduzidos em outras línguas, com os seguintes títulos: Tudo é graça, Deus é amor (1968); Sexo e Maturidade (1969); Diálogo e Maturidade (1972); Decobrir o amor, diagnóstico e terapia da violência, hoje (1980). Foi um grande incentivador junto aos estudantes de teo­logia dos josefinos para elaboração de monografias sobre a vida, espiritualidade e ação apostólica de Murialdo.

No ano de 1970 Pe. Vittorio foi para o Rio de Janeiro, com outros dois confrades, na busca de abrir uma obra segundo o carisma josefino, naquela cidade. As buscas, os desa­fios, as mudanças de locais foram muitos, até que em 1985 se fixou na Paróquia de S. Jorge no Quintino.

Nos anos em que esteve no Rio de Janeiro Pe. Vittorio continuou seus estudos conse­guindo o Mestrado em Educação na PUC do Rio no ano de 1972.

O Rio de Janeiro foi o local onde Pe. Vittorio pode abrir seu coração de josefino aten­dendo a adolescentes e jovens pobres em inúmeros locais e com diversas atividades. Na Casa do Menor Trabalhador, juntamente com Pe. Serafino Tonin, dedicou grande parte de sua paixão pelos pobres. Como educador lecionou seja na PUC como em outros renoma-dos estabelecimentos do Rio de Janeiro. Nos últimos anos passados aqui no Brasil, isto até 1999, em Caxias do Sul, continuou seu trabalho especialmente na tradução de novos tex­tos que permitem aos josefinos penetrar mais profundamente na alma e na espiritualidade de Murialdo. Em Caxias continuou sua missãào como conferencista junto às comunidades religiosas e com o laicato cristão da diocese. Também colaborou na formação dos noviços josefinos.

Viajou para a Itália em 1999 para uma derradeira visita aos familiares, com o desejo de voltar ao Brasil onde doou 35 anos de sua vida. Infelizmente estando na Itália a doença o envolveu em grau tão forte que por conselho médico não pode mais regressar para a terra que ele tanto amou e tanto dedicou de sua vida missionária.

Como recordamos o Pe. Vittorio. Como um bom josefino. Como um josefino entusia­sta pelas vocações. Um josefino entusiasta pelo nosso carisma. Nossa província o recor­dará pelas diversas provocações que sempre fez para os confrades mais jovens para que se dedicassem aos estudos e ao apostolado de periferia. Um homem inquieto e que não dei­xava ninguém em paz, não por caprichos pessoais dele, mas para o bem dos jovens pobres. Em cada reunião de província que participava, là estava ele com inúmeras novas propo­stas para que a província alargasse os horizontes em frentes cada vez mais desafiadoras. E muito do que está hoje na província o devemos também ao entusiasmo dele.

O testemunho de tantas pessoas enaltecem a sua paixão josefina. Embora doutor em Teologia Moral e portanto ciente dos limites das pessoas humanas, era de um coração generoso a toda a prova, manifestando concretamente o amor misericordioso de Deus, herança adquirida na escola de Murialdo. Os confrades o recordam como um bom orien­tador espiritual e vocacional. Algumas virtudes descritas em uma carta por parte de pes­soa reconhecida na sociedade sãào: "Pe. Vittorio sempre deu um belo testemunho de sacerdote, de religioso. Um homem sábio, amigo, com uma comunicação abundante e cativante". Os paroquianos gostam de lembrà-lo na devoção com que sempre celebrava a eucaristia mostrando abertamente sua fé em Deus presente na Santa Missa. Em seus escri­tos pessoais o que mais é salientado, é sua confiança em Deus. Em muitas correspondên­cias a pessoas investidas de autoridade ou a pessoas mais simples iniciava com a frase: " Coragem e confiança", diz Murialdo...e depois descrevia uma serie de motivações para que a pessoa aceitasse o seu pedido ou pudesse sair da escuridão e sentir-se guiada pela mão de Deus.

Numa carta ao provincial, embora discordasse das observações que lhe foram feitas e até se irritasse um pouco, terminava escrevendo estas palavras, que no fundo manifestam uma síntese da vida do Pe. Vittorio: "a amizade tem a última palavra" e é preciso culti­vá-la.

Obrigado Pe. Vittorio pela tua ação missionária aqui no Brasil. Nem sempre foi possí­vel harmonizar todas as nossas idéias. O teu desejo de fazer muito e rapidamente para os jovens pobres às vezes encontrou em nós um certo medo e também limitações circun­stanciais, de pessoas e de recursos. Mesmo assim fica entre nós a tua lembrança e o desa­fio para continuarmos insistindo oportuna e inoportunamente junto as mais diversas instâncias para que colaborem na defesa da vida dos jovens, criando esperança no coração deles, para um futuro mais seguro para a nação brasileira. Contamos com teu apoio junto a Deus com S. José e o Murialdo.


p. Geraldo Boniatti superiore provìncia brasiliana


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